"...Coisa pequenina, centelha divina,
Renasceu das cinzas.
Onde foi ruína, pássaro ferido
Hoje é paraíso."
Uma pausa... um último suspiro
E a alma seguia silente e perdida.
Os olhos de aspecto caído suscitavam toda beleza do jardim.
Sentia doer
A cada pétala esmagada por suas íris
E já que latejava, que então sangrasse.
Na sua urgência,
Que fosse total a marca das suas ausências e perdas.
Quis gritar ainda mais aquela dor
Como quisesse desnublar o amor
Como quisesse expulsar a presença dele que havia absorvido.
Mas já era tarde,
E ela se percebeu apenas em cinzas daquele adeus
E por tempo, só saberia morrer
Morando naquele desconhecido caminho fora de si.
E morreu, cada traço daquela saudade
Todos os beijos perdidos antes da chegada
E todos os silêncios, alcances de prazer.
Morreu toda sua gris leveza
Naquele instante limite de existir
E já na sua estada noutra vida,
Sob os cuidados ternos de anjos,
Caminhou até a esquina perto de dentro
E escutou trêmula os sussurros de uma vida que era além.
Içou suas asas numa força divina e tentou voar
Como quem desconhece uma dor de morrer
E por entre suas nuvens,
Ainda havia encanto vivo para sonhar.
E no tom dos seus olhos, ao se reencontrar
Dançou seu sorriso num céu de renascer.
4 comentários:
e sempre ha de haver encanto vivo pra sonhar, sempre há de haver poesia pra libertar, e amor pra seguir adiante.
O teu amor é assim...
Uma fênix!!!
Bj bruxa encantada!
que imagem linda aqui no fundo do teu Blog !
dá pra colocar a mão no queixo e ficar só olhando...
=)
.
suspirei! :)))
miados dengosos para ti, Iza!
Postar um comentário