junho 28, 2009

"Mas não tem revolta não, eu só quero que você se encontre..."


Eu sonhei com um gostar inato de você
De sorrisos e delicadezas colorindo o véu
E de certezas revoando nosso laço.
Mas sua partida foi sem tempo certo de fincar.
E adiante, a alma parecia desprovida de qualquer abraço
Sem espaço destinado a caber.
Silêncio!
E eu desejei chorar
Num céu que então era turvo, e entorpecido de seu adeus sem ensaio.
Senti as asas arderem com os ventos da sua incerteza em ficar
E uma ferida aberta sangrou a beleza dos meus olhos.
Eu quis te odiar.
Como quem odeia até o fim.
Mas lembrei não ter a maestria para finalizar sentimentos
Então acordei aquele amor para poder te guardar
Que fosse por um segundo, ou que para além de minha memória.
Mas eu não saberia ser esquecimento.
E no seu momento de incompletude, eu ainda te ofereci o melhor
E transferi o não-saber da sua escolha para o seu entendimento
Longe de mim...
Mas para que você, um dia e certo, se pudesse entender
E lembrar da urgência que era eu
Naquele instante para te fazer feliz.
Entre pensamentos e alusões, eu quis chorar mais uma vez
Era uma súplica daquela noite fria e cinzenta
E com lágrimas em face, te amei em silêncio.
Não houve lamento,
Apenas um desejo gritante de continuar
Amplo demais para seus passos leves,
Tão certos no caminho de fugir.

Um comentário:

Jaqueline Sousa disse...

Há quem não valorize um abraço. Ele pode simplesmente passar uma emoção e reação tamanha, que ninguém possa imaginar. No momento desse ato tão puro, as palavras muitas vezes tornam-se desnecessárias, porém, muitos optam por irem embora, sem sentir a real importância dele, e o silêncio predomina, por vezes a alma chora. Contudo, mais valioso que isso, é o amor. Ele, por si só, não se permite ao esquecimento ou ao fim, e por mais que desejemos fugir em determinados momentos, ele nos prende.

E que siga o 'desejo gritante de continuar...'

Um beijo grande, siamesa mais linda! =)